Uma redondilha de Camões:
MOTE
Descalça vai pera a fonte
Lianor, pela verdura;
vai fermosa e não segura.
VOLTA
Leva na cabeça o pote,
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
sainho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
cabelos d' ouro o trançado,
fita de cor d' encarnado...
Tão linda que o mundo espanta!
Chove nela graça tanta
que dá graça à fermosura;
vai fermosa, e não segura.
Me ha gustado mucho :)
ResponderEliminarUn beso grande.
Gracias.
EliminarEs el merito de Camóes que con su ingenio transmuta las palabras.
Beso.
Muita vida e graça! o Poeta e o seu talento cria do cotidiano uma obra prima.
ResponderEliminarUm abraço
É bem verdade minha amiga, e Camões soube fazê-lo como ninguém.
EliminarAbraço.
As inesquecíveis redondilhas de Camões, impregnadas do lirismo do próprio da época; é sempre bom lembrar.
ResponderEliminarGrande abraço, António,
Sim, foi essa a ideia caro José Carlos, relembrar, e a começar por mim.
EliminarAbraço.