sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uma poesia de Sebastião Alba:

o limite diáfano

Movo-me nos bastidores da poesia,
e coro se de leve a escuto.
Mas o pão de cada dia
à noite está consumido,
e a alvorada seguinte
banha as suas escórias.
Palco só o da minha morte,
se no leito!,
com seu asseio sem derrame...
O lado para que durmo
é um limite diáfano:
aí os versos espigam.
Isso me basta. Acordo
antes que a seara amadureça
e na extensão pairem,
de Van Gogh, os corvos.

1 comentário:

  1. Como te decía en mi comentario anterior, me cuesta mucho aún con el traductor "interpretar" y sentir las palabras como el autor deseó al escribir...
    Sin embargo, me nombran a Van Gogh y ya siento infinidad de emociones, y pienso en ese paisaje y en los cuervos volando ese cielo, y ya le adjudico mucha intensidad a lo expuesto por Sebastião Alba...

    ABRAZO GRANDE.

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