quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:

Nas águas fitava-se Narciso

Solitário em si mesmo, por isso, belo
Narciso fitava-se nas águas.
E de Eco já não ouvia a última palavra,
mortalmente ferido de si próprio
era já a flor na memória
das palavras na pedra.

António Eduardo Lico

4 comentários:

  1. O que fez o orgulho de Narciso. Destruiu Eco e a si mesmo.
    Antonio Eduardo, beijo!

    ResponderEliminar
  2. Ensimesmado não sentiu a fratura. Belíssima condensação do mito de Narciso num poema bem concebido.

    Abraços, caro Antonio,

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Meu caro José Carlos, como sabe é sempre uma tentação usar os mitos clássicos para o trabalho poético. É praticamente uma fonte inesgotável pela diversidade de leituras que permitem.
      Bom início de fim de semana.
      Abraço.

      Eliminar