quinta-feira, 8 de maio de 2014

Reponho uma poesia do poemário Sombras luminosas:

Esfinge

 Esfinge que dormes na areia,
és nua na pedra em que estás prisioneira.
Esfinge que fitas para dentro de ti,
que palavras não dizes?
Que silêncio pinta os teus lábios
de deusa de pedra?
Que todos procuram
as palavras que não dizes.

António Eduardo Lico

2 comentários:

  1. Tão orgânico o poema que se apreende a relação entre o desejo e o canto em que poeta revela essa forma particular de música: a poesia.
    Abraços, caro amigo,

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    1. Ah si, quanto mais se aproxima da música, melhor para a poesia, e melhor para a música. A iseia é que se possam confundir.
      Abraço caro amigo

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