quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Uma reposição do poemário Que de dentro não se vê:


Era leve, tão leve...

Era leve, tão leve
como na madrugada, o orvalho.
Tão leve como lua flutuando
em rio de líquida substância indefinida.

No limiar do Sol que te saciava a sede
ardias, e a madrugada que em ti se esvaía
corria líquida, adivinhando
os mares que se abriam em azul, como que
se esperassem o vermelho da manhã.

Se na rosa o orvalho caíra
seria leve, tão leve
como na madrugado o orvalho.


António Eduardo Lico

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