sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Uma poesia de Raquel Nobre Guerra:


BÍLIS NEGRA

aqui morro muitos anos convosco
estremecendo à sabedoria dos tolos
aqui certo clima de nojo e uma galeria viva
de absurdos para a visão integral da coisa
solene
peçam-se óculos para ver melhor, peçam-se janelas
para ver o mar
eu estarei certa à chuva própria desse estado
adequada e a direito despejando-me aqui
chamo a minha mãe ao corpo, não tenho nada
preparado, tenho um telegrama visual e chamo
alto e chego para provar que este mote é só um meio
de porte
há-de encastelar em areia o finalismo rente aos dedos
subir-me à boca subir em bando à do louco onde
terei posto a minha
e aí na ervinha de um passeio restar
à perseguição da luz como um animal deslumbrado
que atravessou

7 comentários:

  1. A poesia de Raquel mostra certo rancor com o imponderável à sua volta, mas ecoa pelo vigor dos seus versos.
    Abraço, poeta,

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo plenamente, e também concordo que se redime pelo entrançado dos versos.
      Abraço, caro José Carlos.

      Eliminar
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  3. UN BESO QUERIDO AMIGO, GRACIAS POR VISITARME SIEMPRE. TE DEJO UN BESO ENORME, A VECES LA TRADUCCION NO ES BUENA Y NO PUEDO COMENTAR SOBRE EL TEXTO.

    27 de Setembro de 2013 às 20:06

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Gracias Luján.
      Es verdad el traductor google es lo que es, pero sin embargo teno algunas poesias en este poemario en castellano, y que espero puderen pasar el tamiz de tu crítica.
      Buen Viernes.
      Beso.

      Eliminar
  4. Aunque la traducción no es buena, se intuye en cada verso una poesía fuerte y decidida.

    Un abrazo.

    ResponderEliminar