Soneto da manhã obscura
Procuro da manhã o doce orvalho
Com que possa matar a minha sede
Que da infinita noite procede
Como secreto porto onde encalho
Oh gnóstica manhã onde eu talho
O que a minha boca não me pede
E nem o deus antigo intercede
E faz macio o chão em que batalho
Oh noite portentosa e magnífica
Ardes e consomes-te como sonho
Que cada manhã em vão certifica
No meu canto agudo e medonho
Que de ser vão mas claro, dulcifica
O
fresco orvalho que me imponhoAntónio Eduardo Lico
Que magnifico soneto, meu caro! Fez-me lembrar Antero, pois depreende-se no poema a relação eu/mundo.
ResponderEliminarAbraços, caro amigo,
Obrigado caro amigo. Sim, é verdade, essa relação eu - mundo está presente no soneto.
EliminarBoa semana.
Abraço.
Seguro que con la esperanza siempre será todo más bello.
ResponderEliminarMuchos besos.
Claro que si.
EliminarBesos.
Leyéndolo en idioma portugués me ha parecido mucho más bello tu soneto, no se pierde la rima original.
ResponderEliminarAbrazos.
Gracias Rafael y como sabes en el soneto la rima es fundamental.
ResponderEliminarAbrazos.
a manhã pode estar obscura, mas novos voos se levantam...
ResponderEliminar:)
Assim seja Piedade.
EliminarBeijos.
Um excelente soneto com um magnífico começo: "Procuro da manhã o doce orvalho
ResponderEliminarCom que possa matar a minha sede".
Abraço e boa Páscoa.
Obrigado Graça.
EliminarFeliz Páscoa também.
Abraço.