sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Porque está a nevar e bem, lembrei-me de uma poesia do heterónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, A Neve:

A Neve

A NEVE PÔS uma toalha calada sobre tudo.
Não se sente senão o que se passa dentro de casa.
Embrulho-me num cobertor e não penso sequer em pensar.
Sinto um gozo de animal e vagamente penso,
E adormeço sem menos utilidade que todas as ações do mundo.

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