domingo, 23 de fevereiro de 2014

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:

Os Faunos deixaram os jardins

Nos jardins das cidades não há Faunos
há flores, relvas, árvores,
por vezes melros,
e nenhuma ninfa.
Os deuses antigos
já não gostam dos jardins que lhes dão,
um a um, foram-se embora
e já não há Faunos nos jardins das cidades.

António Eduardo Lico

4 comentários:

  1. Um constatação, talvez dolorosa, talvez não. Mas a verdade que tudo é diferente, incluindo a criação. Pois, o seu poema é uma constatação cristalina e o poema mujito bem elaborado.
    Abraços,

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    1. Sim, meu car José Carlos, trata-se de uma constatação melancólica da mudança.
      Abraço.

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  2. tudo muda, até mesmo os jardins da nossa imaginação...

    :)

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    1. É verdade Piedade, tudo muda, e mais ainda os jardins da nossa imaginação.
      Beijos.

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