quarta-feira, 2 de abril de 2014

Reponho uma poesia do poemário Amanhecer obscuro:

De que me serve fugir
de morte, dor e perigo,
se me eu levo comigo?

(mote de Luís Vaz de Camões)

De que me serve fugir?
Eu não quero fugir;
quando se foge, leva-se tudo,
leva-se o corpo, leva-se a alma
vai-se só, permaneces-se só.
Eu quero ficar,
ficar, mas fugindo,
sem permanecer em mim.

António Eduardo Lico

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