terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Reponho uma poesia do poemário Este rio que corre sem águas:


De madrugada os rios...

No pino da madrugada uma
só fonte te cobria de rosas
e rios nasciam-te nos olhos

Ao ritmo de antigos orvalhos
chorados por deuses destronados
a cada florida Primavera

Como se em Abril não chovera
e toda a sede desse em água
mansa e azul de melancolia

António Eduardo Lico

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