Junto de um rio...o obituário das palavras...
Quem ousa calar os deuses
colocando-lhe na boca
palavras que não sabem?
Nadando rente à margem
o peixe, nem sabe
que existem palavras líquidas
que secam lábios
quando os percorrem.
Peixes e deuses
ignoram palavras;
mudos e perdidos
em líquidas moradas
vivem sós, sem esperar
uma só e desoladora
palavra.
António Eduardo Lico
Belo poema.
ResponderEliminarParabéns!!!!
Obrigado Janice.
EliminarFeliz Ano de 2013.