terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Reponho uma poesia do poemário Este rio que corre sem águas:


Na margem de um rio, as horas são ainda mais absurdas

 As horas são absurdas,
passam, e já não são,
sem deixar de o ser.
Um desconhecido esteta
clama na confluência
do Ser e Não Ser
que o Belo é absurdo
porque é belo em si mesmo,
indiferente ao tempo
e às horas que passam
e já não o são,
sem deixar de o ser.

António Eduardo Lico

2 comentários:

  1. A beleza é tão transitória
    ao olhar do poeta.

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    1. É verdade Jéssica, transitória, mas perene pelo instante que dura.
      Obrigado pelo comentário .

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