Há muito tempo...
Há muito tempo,
iniciei uma poesia
que começava assim:
“As largas Avenidas
do Outono...”.
Hoje, sempre há um
hoje,
sinto que deveria ter
começado assim:
“As largas Avenidas,
no Outono”...
Porque é que hoje eu
sei
que o Outono não tem
Avenidas?
Nem sequer vielas, ou
estátuas.
Se hoje fosse ontem
começaria o poema
assim:
“As largas Avenidas
do Outono...”
António Eduardo Lico
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