Soneto da manhã obscura
Procuro da manhã o
doce orvalho
Com que possa matar a
minha sede
Que da infinita noite
procede
Como secreto porto onde
encalho
Oh gnóstica manhã
onde eu talho
O que a minha boca não
me pede
E nem o deus antigo
intercede
E faz macio o chão em
que batalho
Oh noite portentosa e
magnífica
Ardes e consomes-te
como sonho
Que cada manhã em vão
certifica
No meu canto agudo e
medonho
Que de ser vão mas
claro, dulcifica
O fresco orvalho que me
imponho
António Eduardo Lico
Parabéns!!!
ResponderEliminarEste poema é lindo.
Parabéns!!!
Você deveria retirar as letrinhas chatas do comentários.
Obrigado Janice.
EliminarCreio que agora as tais letras já não aparecem mais.
Um resto de bom dia.