Litania (levemente melancólica)
O tempo desfaz-se e
corre,
como areia no verde dos
meus dedos.
Regressa sempre, verde,
como
os meus olhos, que são
castanhos
e nunca serão verdes.
O tempo nunca é verde
quando passa nos meus
olhos
que não são verdes.
Verde é a palavra, as
palavras
que digo, quando
escrevo
e olho com os meus
olhos
o verde insondável
dos meus olhos que não
são verdes.
António Eduardo Lico
Os verdes e os azuis... Lindo. Muito lindo poeta. Abraços
ResponderEliminarObrigado Regina.
EliminarAbraço