sábado, 10 de novembro de 2012

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:


Soneto sem Musa


Eram claros esses teus olhos cheios
De onde manam luzes como fontes
Como alegria vinda dos montes
Que forma frescos e mansos ribeiros

Dos meus olhos sempre foram alheios
De presos em distantes horizontes,
Juízes não eleitos, mas arcontes.
Como rosas brincando de luzeiros

Musa não eras, mesmo que te cante
E os teus olhos tinham doces rosas
Como se a luz fora diamante

Rosas tinham, eu sei, mas angulosas.
Claras, e de perfume tão distante,
Frescas fontes, águas tão amargosas.

António Eduardo Lico

4 comentários:

  1. Classe A, Lico! Cada imagem mais interessante que a outra você fez saltar aos olhos.

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    1. Obrigado amigo Fred.
      Quando a Musa deixa, as poesias acontecem; espera-se que ela deixe por muito tempo.
      Bom fim de se,ana.
      Abraço.

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  2. Muito bom Lico...

    Fica o abraço, do Felipe...

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    1. Obrigado Filipe, pela visita e comentário.
      Bom fim de semana.
      Abraço.

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