Saudade do teu corpo Tenho saudades do teu corpo: ouviste correr-te toda a carne e toda a alma o meu desejo – como um anjo triste que enlaça nuvens pela noite calma?... Anda a saudade do teu corpo (sentes?...) Sempre comigo: deita-se ao meu lado, dizendo e redizendo que não mentes quando me escreves: «vem, meu todo amado...» É o teu corpo em sombra esta saudade... Beijo-lhe as mãos, os pés, os seios-sombra: a luz do seu olhar é escuridade... Fecho os olhos ao sol para estar contigo. É de noite este corpo que me assombra... Vês?! A saudade é um escultor antigo! |
sábado, 30 de março de 2013
Uma poesia de António Patrício (1878-1930):
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