segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma poesia de José Carlos Sant Anna, "roubado" do seu blog http://duvidasaquilinas.blogspot.co.uk/:

Como se eu respirasse o teu corpo

como a tua babucha me excita
quando danças no meio da sala,
menina das pernas roliças!

quantas vezes! eu perdi a conta
e também o sono
na malícia do teu sangue


porque nenhum elfo sabe
quando range o meu dorso
ou ruge o teu corpo


e na boca fechada com o dedo
me pedes para manter o segredo
entre os lençóis amassados


nenhum elfo sabe
quando a Ibéria de Albéniz eclipsa a noite,
ou Paco de Lucia encordoa a sua lira


enquanto juntos afogamos as canções
em contrações ritmadas

nenhum elfo esconde
quando a seiva sobe como um espumante
e nenhum outro rumor abafa os gemidos

alcançando a pele que se arrepia
na ânsia da língua convulsa

2 comentários:

  1. Quanto gentileza da sua parte, meu caro António, cometer este pequeno delito. Fiquei muito contente e emocionado por ter trazido meu insolente poema para ficar ao lados dos seus. É claro que o meu ficou maior junto aos seus. Sinceros agradecimentos.

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    1. Pois foi com prazer que cometi este pequeno delito meu Caro amigo José Carlos.
      Não sei se sou um bom poeta, mas sei reconhecer um bom poeta, por isso a sua poesia tem sempre acolhimento no meu espaço.
      Abraço.

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