sábado, 15 de dezembro de 2012

Um soneto do poeta do Piaui Francisco Miguel de Moura:

A Partida

Na partida, os adeuses, gume e corte
dos prazeres do amor, quanto tormento!
Cada qual que demonstre quanto é forte,
lábios secos mordendo o sentimento.

Do ser brotam soluços a toda hora,
as faces no calor do perdimento,
olhos no chão, no ar, por dentro e fora,
pedem forças aos céus como alimento.

Ninguém vai, ninguém fica, e se reparte
no transporte que liga e que desliga!
Confusão de saber quem fica ou parte.

Não se explica tamanha intensidade
amarga, e doce, e errante, que interliga
os corações perdidos de saudade.

4 comentários:

  1. Que coisa boa ler aqui um soneto do poeta Chico Miguel. Sou fã desse grande poeta.
    Antonio desejo a vc e sua família um Feliz Natal e um 2013 de grandes realizações.
    Obrigada mais uma vez por sua presença em meus blogs.Sempre uma honra pra mim.
    Grande abraço!!

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  2. O prazer de colocar este soneto foi meu Regina.
    Abraço.

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