Soneto da guitarra e da rosa
A guitarra, com ser
madeiro oco
Espalha a sua canção
dolente;
Das cordas o som é uma
torrente
Como se fora duende
barroco
A rosa é guitarra que
invoco
Cada entardecer ao sol
poente;
Harmónico o perfume
nascente,
Ao sul destes dedos com
que te toco
Na rosa há melodias
serenas
Pela guitarra galopam
volúpias
E de súbito nascem
cantilenas
E na guitarra nascem
utopias
Quando nas rosas vemos
açucenas
E levantamos do som as
mãos ímpias
António Eduardo Lico
Belo soneto.
ResponderEliminarObrigado Pela visita e comentário, D. Everson.
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