segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma reposição de uma poesia do poemário O canto em mim:


De Eros era a rosa

De Eros era a rosa
que em Prometeu
foi Fogo e limo.
depois centelha de vida.
Seria já rosa
o que Pandora
escondia na caixa divina?
Da rosa apenas ficou
a esperança encerrada;
a caixa fechou-se.
Prometeu, eternamente
devorado, e sempre renascido
como o lume que se reacende
e torna fresca a eterna rosa.

António Eduardo Lico

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