Leva-me o vento...
Leva-me o vento,
brandamente,
como se empurrasse as
velas
de um veleiro.
Deixo-me levar, porque
quero,
a geografia não me
interessa,
nem os mapas do meu ser
se podem cartografar.
Leva-me o vento,
brandamente,
e nada faço, a não
ser deixar-me levar.
Nada sei da rosa dos
ventos,
sei apenas das rosas,
essas,
a que o vento acaricia
brandamente.
António Eduardo Lico
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