As elegias romanas, ou Erotica Romana de Goethe foram escritas aquando do seu regresso da primeira viagem a Itália.
Imbuído do espírito libertino sorvido na Itália, Goethe inicia a sequência de poemas eróticas que cabaria por ficar conhecida Por "Erotica Romana".
Não foram poucos, os seus coevos, homens ilustres e conhecidos que criticaram a "excessiva lascívia" das elegias romanas. Certo que foram reescritas para atender ao gosto de um público que apenas tolerava na literatura as emoções do prazer sensual, desde que mascarado com o recurso à mitologia, ou mesmo à imitação dos poetas da Antiguidade Clássica.
Deixo aqui um exemplo:
Quando cedeu ao nobre Iásion, o vigoroso rei dos Cretenses,
O doce segredo do seu corpo imortal.
Como se regozijou Creta, pois o leito nupcial da Deusa
Estava repleto de espigas e o campo pejado de trigo.
Mas o resto do mundo passava fome, pois no deleite
Do amor Ceres faltava ao seu belo ofício.
Cheio de espanto o iniciado ouvia a lenda,
Fez sinal à amada - Entendes gora, amor, o sinal?
Segue-me depressa até ao canavial no fundo da vinha,
O nosso prazer não traz perigo ao mundo.
Imbuído do espírito libertino sorvido na Itália, Goethe inicia a sequência de poemas eróticas que cabaria por ficar conhecida Por "Erotica Romana".
Não foram poucos, os seus coevos, homens ilustres e conhecidos que criticaram a "excessiva lascívia" das elegias romanas. Certo que foram reescritas para atender ao gosto de um público que apenas tolerava na literatura as emoções do prazer sensual, desde que mascarado com o recurso à mitologia, ou mesmo à imitação dos poetas da Antiguidade Clássica.
Deixo aqui um exemplo:
Quando cedeu ao nobre Iásion, o vigoroso rei dos Cretenses,
O doce segredo do seu corpo imortal.
Como se regozijou Creta, pois o leito nupcial da Deusa
Estava repleto de espigas e o campo pejado de trigo.
Mas o resto do mundo passava fome, pois no deleite
Do amor Ceres faltava ao seu belo ofício.
Cheio de espanto o iniciado ouvia a lenda,
Fez sinal à amada - Entendes gora, amor, o sinal?
Segue-me depressa até ao canavial no fundo da vinha,
O nosso prazer não traz perigo ao mundo.
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