Duas poesias que fiz entre 2004 e 2006
Enigmática
Enigmática, e embalada pelas ondas
que correm na beira mar.
Rolas com os seixos e a areia da praia,
Enigmática!
Era leve, tão leve...
Era leve, tão leve
como na madrugada, o orvalho.
Tão leve como lua flutuando
em rio de líquida substância
indefinida.
No limiar do Sol que te saciava a sede
ardias, e a madrugada que em ti se
esvaía
corria líquida, adivinhando
os mares que se abriam em azul, como
que
se esperassem o vermelho da manhã.
Se na rosa o orvalho caíra
seria leve, tão leve
como na madrugado o orvalho.
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