Duas poesias que escrevi entre 2006 e 2007, sendo uma em inglês, a segunda que escrevi nesta Língua.
Orquídea
Bela, a orquídea no orquidário.
Não sabe que é bela
e é feliz assim,
bela, sem saber que é bela
feliz sem saber que é feliz.
É bela a orquídea no orquidário
sem saber que está no orquidário.
As orquídeas que não estão no
orquidário
não são belas. Não estão no
orquidário,
não sabem que não estão no
orquidário
e não são belas, nem sabem que não
são belas.
E brincam de se colorirem de cores,
indiferentes.
E brincam de se vestir com perfume,
indiferentes.
E brincam de não saberem, nunca sabem,
que não estão no orquidário.
E brincam de serem belas, sem saber que
não são belas
as orquídeas que não estão no
orquidário.
As orquídeas foram criadas para os
orquidários.
As outras orquídeas, as que não
conhecem o orquidário
não são orquídeas, são apenas
flores.
Padington
At Padington, the train
was a blue bird
flying on the grey walls.
The train whistle sounded,
hoarse and melancholy,
leaving his steel cage.
At Padington, time stopped
on the grey walls
and flew with the long
good-bye of the blue bird.
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