domingo, 26 de fevereiro de 2012


Duas poesias que escrevi entre 2004 e 2005, sendo uma em castelhano.


La Siguiriya

La siguirya apunta el Sur.
El toque se firma, dolorido, al viento
con vierdes dedos de dolor.

La siguirya, arma del pueblo.
No por espadas, mas por sonido
arde en manos guitarreras..

Que duende sona en tus falsetas
seguirya que te vas al Sur?


Litania (levemente melancólica)


O tempo desfaz-se e corre,
como areia no verde dos meus dedos.
Regressa sempre, verde, como
os meus olhos, que são castanhos
e nunca serão verdes.
O tempo nunca é verde
quando passa nos meus olhos
que não são verdes.
Verde é a palavra, as palavras
que digo, quando escrevo
e olho com os meus olhos
o verde insondável
dos meus olhos que não são verdes.

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