Uma poesia da António Cabral - Canção da Fronteira:
Moça tão formosa
não vi na fronteira
como uma ceifeira
que cantava, Rosa
Foi em Barca d´Alva
quando o sol nascia
uma ceifeira cantava
cantando vertia
trovas na fronteira
quando o sol nascia
A saia de chita
rosinha, limão
que coisa bonita
sobre o coração
nos ramos da luz
um fruto limão
De foice na mão
suspensa de um sonho
mordendo dois bagos
rubros de medronho
seus olhos dois bagos
suspensos de um sonho
Devia ser pobre
mas cantava Rosa
romã que se abria
na manhã formosa
Que canto que sonho
que engano de rosa
Foi em Barca d´Alva
quando o sol nascia
uma ceifeira cantava
cantando vertia
trovas na fronteira
quando o sol nascia
Moça tão formosa
não vi na fronteira
como uma ceifeira
que cantava Rosa
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