Memórias no vento
Do vento há memórias
que sibilam nas relvas
e ondulam a espuma das
ondas
como se fizessem flores
líquidas.
Do vento há memórias
que se esquecem, ruídos
de verde
músicas nunca tocadas
e essa melancolia que
se vai com a tarde.
Oráculo
Precisava de ser o
oráculo de mim mesmo
Assim como se tivesse
um oráculo dentro de mim
não o de Delfos, hoje
não me sinto classicista,
nem me apetece fazer
alpinismo no Parnaso;
um oráculo
ante-moderno, pelo menos
assim não tenho que
dar explicações
pelo menos muitas;
algumas terei que dar.
Posso sempre
desculpar-me com os labirintos,
os oráculos têm
labirintos a que só
os purificados podem
aceder.
Se ao menos Pitia
vivesse em mim!
Creio que vou acabar o
dia a meditar
sobre o Bezerro de Ouro
e vou
desistir de traçar o
meu destino…oracular.
António Eduardo Lico
Gracias por entrar a mi blog a conocer mis letras, yo también me quedo descubriendo las tuyas.
ResponderEliminarSaludos.
Gracias Maria por tu visita y cometario.
EliminarSaludos.