quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Reponho duas poesias do poemário Sombras luminosas:


Grito na sombra

Era um grito, ou era uma luz sonâmbula,
ou um gato que mia, porque os gatos miam.
Não sou o hermeneuta porque esperam
estou para além do nevoeiro


Relógio de água

O mar. Ao fundo o relógio
o tempo escorre 
como areia na água


António Eduardo Lico

4 comentários:

  1. vc tem um poética maravilhosa, aí vai uma dica de leitura, se é que vc já não leu esse livro, para afinar mais a sua flauta vertebra: Livro das perguntas / Pablo Neruda.

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    1. Obrigado amigo D. Everson, pela vista e comentário.
      Faço a minha poesia, à medida que vou tendo tempo, e sem pressas. De facto nos últimos meses não terminei algum poema. A seu tempo serão terminados.
      Li algumas coisas do livro de Neruda que refere, mas não o li na totalidade. Certamente vou fazê-lo em breve, obrigado pela dica.

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  2. Olá, notei sua presença no meu blog. Vim agradecer e visitar seu espaço poético, e gostei muito da sua poesia, tem um que de mistério, algo como "uma luz sonâmbula, ou um gato que mia "...

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