segunda-feira, 27 de maio de 2013

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:

Vou-me embora para Parságada
Lá sou amigo do rei...
(Manuel Bandeira)

Vou-me embora para Lisboa

Vou-me embora para Lisboa.
Lisboa é filha do Tejo
e eu sou filho das ondas,
filho das ondas do mar,
filho do sopro do vento.
Vou-me embora para Lisboa.
Lisboa tende para o azul,
o Tejo e o mar encontram-se
percorrendo Lisboa;
o Tejo com vontade
de partir para longe,
o mar com vontade
de visitar os segredos de Ulisses.
Vou-me embora para Lisboa.
Lá tem uma viela
onde o azul é mais azul
e posso ter todas as princesas mouras
que eu quiser, e ouvir o canto
dolente das guitarras.
Vou-me embora para Lisboa.
Vou ver-te olhar o cais
vou ver o Tejo afogar-se,
azul, no mar todo.

António Eduardo Lico

12 comentários:

  1. PRECIOSO POEMA NOS REGALAS SIEMPRE QUERIDO ANTONIO.
    GRACIAS POR TU HUELLA EN MI CASA.
    UN BESO GRANDE.

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  2. Maravilhoso poema, Antonio!
    Parabéns, um gosto ler-te!
    Beijos, Vilma

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  3. Fico sem saber o que pesa mais: a homenagem a Bandeira ou canto a Lisboa. Acho que as duas são singelas.
    Abr.,

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    1. Pois é meu amigo, acabei por homenagear Bandeira e Lisboa. na verdade ambos merecem.
      Abraço.

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