terça-feira, 18 de março de 2014

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:

Flor que brilhas no jardim

Flor que brilhas no jardim
é breve o teu perfume;
a cor que te acaricia
as pétalas é fugaz.
Olho-te, e sei que a vida
te será breve.
Não sou filósofo, nem metafísico
nem sei porque me sento num jardim.
Sei-te breve, flor que brilhas no jardim,
o teu perfume me alimentará
e o instante será breve.
A tua seiva quente penetrará a terra.
Não sei porque me sento num jardim.

António Eduardo Lico

8 comentários:

  1. precioso!!!
    gracias
    un abrazo fraterno
    lidia-la escriba
    www.nuncajamashablamos.blogspot.com

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  2. Oi, Antonio, mesmo breve e efêmera. a beleza persiste e essência do perfume permanece em nossa alma e como vale a pena! Bela poesia.
    um abraço

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    Respostas
    1. Obrigado minha amiga. É bem verdade, a beleza por mais efémera que seja perdura sempre de qualquer forma, mesmo que seja apenas na memória.
      Abraços.

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  3. Há controvérsia (rs). A beleza é efêmera, mas não necessariamente em relação ao poema. Este permanece, fica. Guardamo-lo na memória pela beleza da sua essência.
    Abraços, caro amigo,

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