terça-feira, 25 de março de 2014

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei...
(Manuel Bandeira)

Vou-me embora para Lisboa

 Vou-me embora para Lisboa.
Lisboa é filha do Tejo
e eu sou filho das ondas,
filho das ondas do mar,
filho do sopro do vento.
Vou-me embora para Lisboa.
Lisboa tende para o azul,
o Tejo e o mar encontram-se
percorrendo Lisboa;
o Tejo com vontade
de partir para longe,
o mar com vontade
de visitar os segredos de Ulisses.
Vou-me embora para Lisboa.
Lá tem uma viela
onde o azul é mais azul
e posso ter todas as princesas mouras
que eu quiser, e ouvir o canto
dolente das guitarras.
Vou-me embora para Lisboa.
Vou ver-te olhar o cais
vou ver o Tejo afogar-se,
azul, no mar todo.

António Eduardo Lico

8 comentários:

  1. E Lisboa estará à sua espera...
    Obrigada pelas palavras deixadas no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
    Abraço.

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    1. Obrigado Graça.
      Também é um prazer passar pelo seu "Ortografia"
      Abraço.

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  2. OI, António...um verdadeiro caso de amor implícito e explícito...belo de se ler e sentir.
    Um abraço

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  3. Lisboa é um coração aberto que nos recolhe, a todos! Uma bela releitura de Manuel Bandeira. Um belo canto de amor a Lisboa.
    Abraços, caro amigo,

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    1. Apesar do que têm feito, Lisboa continua bonita. Merece ser cantada.
      Abraço

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