quarta-feira, 5 de março de 2014

Uma poesia do poeta Manuel Gusmão:

a lagartixa
o pequeno sáurio
miniatura sobrevivente
de uma adaga pré-histórica
deixa cortada
e de si separada
a cauda, a lâmina em movimento
que fica para trás e deixa fugir
o tronco e os seus velocíssimos
dois pares de pés.

2 comentários:

  1. Uma perfeita apreensão do movimento da lagartixa ao ver-se separada da cauda. As palavras na medida certa.
    Grande abraço,

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    1. É verdade. E foi precisamente essa apreensão de movimento que me levou a optar por colocar esta poesia.
      Abraço meu caro.

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