domingo, 9 de dezembro de 2012

Reponho uma poesia do poemário A rosa é a via:


Dê amor...uma rosa

Dê amor aos amantes uma faca
Para que cortem rosas e o tédio
E do amor provem doce remédio
Que só da rosa o perfume aplaca

Se Cupido aos amantes afraca
Da maior fortaleza é prelúdio
É o frio que se torna incêndio
É como o vento que a rosa ataca

Rouba dela o suave aroma
E joga de suave jardineiro
Suspenso em secreto idioma

Voa e é como alado barqueiro
Que voando, brusco, dos céus assoma
E planta a rosa como luzeiro

António Eduardo Lico

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