Junto de um rio...o
obituário das palavras...
Quem ousa calar os
deuses
colocando-lhe na boca
palavras que não
sabem?
Nadando rente à margem
o peixe, nem sabe
que existem palavras
líquidas
que secam lábios
quando os percorrem.
Peixes e deuses
ignoram palavras;
mudos e perdidos
em líquidas moradas
vivem sós, sem esperar
uma só e desoladora
palavra.
António Eduardo Lico
Hermoso poema Eduardo,
ResponderEliminarfeliz fin de semana.
un abrazo.
Gracias por la visita y comentario.
EliminarFeliz fin de semana.
Abrazo.