Um Abril de Abril
Em Abril, flores mil
Para explodirem
Com o orvalho das madrugadas
E pintarem a tristeza
Das cores que só as flores têm.
Georges, sabes, no meu país
Há tardes de Abril
Que parecem Agosto
E em Lisboa o Tejo
Esse eterno filho de Abril
Casa o seu azul baço
Com o fulgurante azul de céu
E ao longe formam
Uma só linha azul que marca Abril.
Georges, sabes, no meu país
Há flores que nascem antes do seu tempo
Como se quisessem
Vestir Abril de perfumes
E febril alegria
E as moças morenas
Cantam os hinos secretos
De todos os perfumes de Abril.
Sabes, Georges, no meu país
Abril só começa de madrugada
Como se quisesse nascer
do orvalho e tecido pelo
perfume das flores que no meu país
nascem antes do tempo.
Sabes Georges, no meu país
Abril só pode ser Abril.
António Eduardo Lico
Oi, António...que lindo poema da afeto ao país e à estação da primavera.Quando aí explode a primavera , aqui começa o outono e arrefece o calor ...e o céu adquire este azul limpo que nos aproxima em cor...
ResponderEliminarUm abraço
Obrigado minha amiga.
EliminarÉ verdade aí o Outono faz-se sentir, mas também tem os seus encantos.
Boa semana.
Abraços.
Tão bom saber que não plantaram edifícios em Abril, que um único registro que cabe em qualquer cartório é o da explosão da primavera. Os trovões não me anunciaram, mas estive um bom pedaço de Abril à beira do Tejo.
ResponderEliminarAbração, caro amigo,
E que melhor local para se estar em Abril - à beira do Tejo.
EliminarAbraço caro amigo.