sábado, 24 de maio de 2014

Uma poesia do poemário Sombras luminosas:

Insólito divino

 Das minhas mãos nascem rosas
dos olhos luas feridas.

Ai velho Zeus, de tão carcomido
já não te nascem deusas das divinas coxas.
Reinam centopeias de enxofre nos
meandros dos teus intestinos.

Mãos e rosas, olhos e luas
já não fazem deuses.

Insólitas divindades
e ainda mais insólitos
profetas e teólogos

já gastaram todas
as rosas e luas.

António Eduardo Lico

2 comentários:

  1. Mas acima de todos os deuses...persistem as luas e os deuses para os predestinados à poesia.
    um abraço

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