quinta-feira, 29 de maio de 2014

Uma poesia de Afonso Lopes Vieira:

Leve, Leve, o LuarLeve, leve, o luar de neve 
goteja em perlas leitosas, 
o luar de neve e tão leve 
que ameiga o seio das rosas. 

E as gotas finas da etérea 
chuva, caindo do ar, 
matam a sede sidéria 
das coisas que embebe o luar. 

A luz, oh sol, com que alagas, 
abre feridas, e a lua 
vem pôr no lume das chagas 
o beijo da pele nua.

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