De madrugada os rios...
No pino da madrugada uma
só fonte te cobria de rosas
e rios nasciam-te nos olhos
Ao ritmo de antigos orvalhos
chorados por deuses destronados
a cada florida Primavera
Como se em Abril não chovera
e toda a sede desse em água
mansa e azul de melancolia
António Eduardo Lico
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