O poeta de hoje é François Villon.
Nascido em 1431, ou 32 em Paris e desaparecido em 1463, digo desparecido, visto a partir da data de 1463 não existirem dados acerca da sua vida.
Villon é tido como o precursor dos poetas malditos, e é seguramente um dos maiores poetas da Alta Idade Média francesa. Padre, ladrão, boémio, amante do vinho e das mulheres, Villon tinha tudo para entrar na lenda. Preso inúmeras vezes, outras tantas liberto, condenado á morte, pelo menos uma vez, da qual escapa por redução da sentença em 1463. É a partir da sua libertação em 1463 que se lhe perde o resto. O resto ficou para a lenda.
Fica este poema:
Ballade des femmes de Paris
Quoiqu'on tient belles langagères
Florentines, Vénitiennes,
Assez pour être messagères,
Et mêmement les anciennes,
Mais soient Lombardes, Romaines.
Genevoises, à mes périls,
Pimontoises, savoisiennes,
Il n'est bon bec que de Paris.
De beau parler tiennent chaïères,
Ce dit-on, les Napolitaines,
Et sont très bonnes caquetières
Allemandes et Prussiennes ;
Soient Grecques, Egyptiennes,
De Hongrie ou d'autres pays,
Espagnoles ou Catelennes,
Il n'est bon bec que de Paris.
Brettes, Suisses n'y savent guères,
Gasconnes, n'aussi Toulousaines :
De Petit Pont deux harengères
Les concluront, et les Lorraines,
Angloises et Calaisiennes,
(Ai-je beaucoup de lieux compris ?)
Picardes de Valenciennes ;
Il n'est bon bec que de Paris.
Prince, aux dames parisiennes
De bien parler donnez le prix ;
Quoi que l'on die d'Italiennes,
Il n'est bon bec que de Paris.
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