O poeta de hoje é Cabral do Nascimento.
Nascido em 1897 no Funchal, Ilha da Madeira e falecido em 1978, Cabral do Nascimento foi poeta, tradutor, professor, conservador das bibliotecas e arquivos nacionais.
A sua poesia foi revelada por Fernando Pessoa que o considerou um poeta digno de Orpheu.
A poesia de Cabral do Nascimento situa-se entre o Saudosismo e o Modernismo.
Fica este poema:
O faroleiro
Apenas este ilhéu é que é pequeno
O resto é tudo grande: o tédio, a vida,
O dia enorme, a noite mais comprida,
E o mar, calmo ou feroz, rude ou sereno;
O tempo, esse narcótico veneno,
A dor, essa letárgica bebida,
O desejo, essa voz enrouquecida,
E a saudade, o distante e branco aceno.
Tudo profundo, imenso, na amplidão,
Eterno quási na desolação
E sobrenatural na solidão.
A luz vermelha a reflectir-se além…
Nenhum vapor que vai, nenhum que vem…
Farol e faroleiro – e mais ninguém.
carambola, isto que é poética... gostei de saber dele... bjuuu
ResponderEliminarHoje lembrei-me deste poeta, que tinha lido há muito tempo, ainda na minha adolescẽncia. De facto um grande poeta, aliás saudado por Fernando Pessoa.
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