Tristeza do silêncio da rosa
A melancolia das tardes calmas
e outonais, em que gostamos
de ver cair, as folhas das árvores
no Outono, essa latitude em nós oblíqua,
que ignoto sábio, tristemente
descobriu, numa tarde calma e bucólica
quando o Outono era apenas Outono
e deixava cair suas folhas, amarelecidas
e pálidas da espera de caírem
esperando regressar na Primavera
esse chumbo róseo, primordial matéria
vegetalmente grave na própria Primavera
que não sabe que o Verão, esse obscuro
e terminal ser, teatralmente, já encenou
toda a geografia; ruborizando faces austeras
de sábios, que de tão ocultamente sábios,
não ousavam o sonho da rosa que era dada
no Espírito, e que pelo Espírito
regressava ao ouro que dela era.
António Eduardo Lico
profundo,algo místico e com uma certa nostalgia.
ResponderEliminarbeijo
:)
Obrigado Piedade. É verdade é algo que é iniciático e místico.
EliminarBom Domingo.
Beijos.
Eu gosto do Outono e eu gosto de seu belo poema.
ResponderEliminarUm abraço
Gracias Eva.
EliminarBuen Domingo.
Que belas ficam as quatro estações na sua pena de poeta, António!
ResponderEliminarAí é Outono, por aqui é Primavera... Diferentes latitudes e ciclos, mas a mesma maravilha insondável que é a natureza!
Um beijinho
Obrigado Lou.
EliminarBeijos.
Hola, António:
ResponderEliminarTu poema es como un canto a los regalos que Dios nos brinda cada día.
Un abrazo.
Gracia Rafael, por la visita y comentario.
EliminarAbrazo.