Troubadours de todo
o Sul
“Ai, las! tan
cuidava saber
d’amor, e tan petit en sai!
Car eu d’amar no.m posc tener
celeis don já pro non aurai”.
d’amor, e tan petit en sai!
Car eu d’amar no.m posc tener
celeis don já pro non aurai”.
BERNART DE VENTADORN
As cansos que do
Sul dolente
nos traziam o fin’amor
e um temps novel
jazem em brancos areais
da memória
tão brancos como só o
Sul pode ser;
tão brancos como o
lume da tua luz Oh Sul!
Busca a tua verde lenha
perdida Oh Sul!
E acende o lume que
ainda te arde
na tua rosa intacta.
Volta canso no
previsto Inverno
E traz de novo o canto
da tua lauzeta
E o teu claro bosc
para que nele cantem
todos os pássaros, os
teus pássaros conhecidos
e os que há por
inventar.
Que cantem de novo
voltados para o teu Sul
essa clara latitude que
te corta e queima;
geografia animal do teu
instinto que traz a Primavera
António Eduardo Lico
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