Uma poesia de António Gedeão:
Soneto
Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade
Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.
como é bom apreciar um belo e perfeito soneto...bju de obrigada
ResponderEliminarSim, Luna, O António Gedeão, era um grande poeta, e este soneto é belíssimo.
EliminarAbraço.
"A mor é um mal que mata e não se vê"
ResponderEliminarUm abraço
Sim, é isso mesmo. Este é um belo soneto.
EliminarBom Domingo.
Abraço.