Uma poesia de Tomaz Kim, nome literário de Joaquim Fernandes Tomaz Ribeiro-Grillo (1915-1967):
ELEGIA
O teu corpo,
uma vez o meu altar e pecado,
O teu corpo
agora amarelo e viscoso,
hostil como a freira enclausurada,
é uma forma obscena ao sol.
Tu estás morta –
tu, o meu pão e vinho santo!
Tu foste
a minha dor,
o sol
e a chuva;
Tu foste
saudade,
tudo
e desejo,
quando nós
sofrendo,
quando nós
encontramos
uma nova luz
uma nova fé!
Tu estás morta –
tu, o meu pão e vinho santo.
A dor sempre ao lado do prazer.
ResponderEliminarbeijos!!
Sim, Janice, e o poeta captou bem essa junção.
EliminarBeijos.