domingo, 21 de abril de 2013

Reponho uma poesia do poemário Que de dentro não se vê:


Rosa Vermelha
(Homenagem a Rosa Luxemburgo, assassinada pelos social-democratas alemães)

Vermelha é a Rosa
e agora está ela
de vermelho tingida.
Não te queriam vermelha
nem te queriam Rosa
e te quiseram sem perfume.
De Eros recebeste o silêncio
que a rosa esconde.
Emergiste na espuma das águas,
as pétalas numa concha
e eras vermelha, como uma Rosa.

António Eduardo Lico

6 comentários:

  1. Ficou para a história...para onde foram os seus sonhos?
    um abraço

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    1. É verdade. Creio que os seus sonhos ainda andam por aí.
      Bom Domingo.
      Abraço.

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  2. Belos tristes versos
    por que no fim a rosa
    morreu
    mas lutou com suas pétalas
    vermelhas
    e seus espinhos amolados
    pelo luar
    contra o fuzil alienado
    a mais valia
    que roubava dos músculos
    da foice suada
    o trigo dourado ceifado
    a rosa foi assassinada
    mais deixou um raio X
    do sistema do Capital
    e uma esperança
    no nosso coração
    como este teu belo poema
    revolucionário.

    mui belo

    Luiz Alfredo - poeta

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    1. Obrigado Luiz Alfredo pela visita e pela bela resposta poética..
      Bom resto de Domingo e uma boa nova semana.
      Abraço.

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