sexta-feira, 24 de maio de 2013

Reponho uma poesia do poemaŕio O canto em mim:


Leva-me o vento...

Leva-me o vento, brandamente,
como se empurrasse as velas
de um veleiro.
Deixo-me levar, porque quero,
a geografia não me interessa,
nem os mapas do meu ser
se podem cartografar.
Leva-me o vento, brandamente,
e nada faço, a não ser deixar-me levar.
Nada sei da rosa dos ventos,
sei apenas das rosas, essas,
a que o vento acaricia brandamente.

António Eduardo Lico

6 comentários:

  1. O vento e o o poeta são fascinados pela essência da rosa.
    Um abraço

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  2. Que elegância em versos.
    Palmas.
    Muitas palmas.
    Beijos!!

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  3. Deixar-se levar pelo um vento é um privilégio que poucos o alcançam, António. Perfeito este poema.
    Abraços,

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