A CASA DO MUNDO Aquilo que às vezes parece um sinal no rosto é a casa do mundo é um armário poderoso com tecidos sanguíneos guardados e a sua tribo de portas sensíveis. Cheira a teias eróticas. Arca delirante arca sobre o cheiro a mar de amar. Mar fresco. Muros romanos. Toda a música. O corredor lembra uma corda suspensa entre os Pirinéus, as janelas entre faces gregas. Janelas que cheiram ao ar de fora à núpcia do ar com a casa ardente. Luzindo cheguei à porta. interrompo os objetos de família, atiro-lhes a porta Acendo os interruptores, acendo a interrupção, as novas paisagens têm cabeça, a luz é uma pintura clara, mais claramente me lembro: uma porta, um armário, aquela casa. Um espelho verde de face oval é que parece uma lata de conservas dilatada com um tubarão a revirar-se no estômago no fígado, nos rins, nos tecidos sangúíneos. É a casa do mundo: desaparece em seguida: |
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Uma poesia de Luíza Neto Jorge:
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