sábado, 25 de maio de 2013

Reponho uma poesia do poemário O canto em mim:


Este rio que descubro em mim

Este rio que descubro em mim
não sei em que fontes nasceu.
É de melancolia a frescura
desta água, e deste rio
que me mata a sede
e põe navios no teu riso.
Será de espanto esta torrente
que me enche e me esvazia
e não sei em que fontes nasceu
este rio que descubro em mim.

António Eduardo Lico

8 comentários:

  1. Este poema evoca a canção de Caetano Veloso: "Onde nasci passa um rio, que passa no azul sem fim..."
    Um bom final de semana, António.

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  2. Seus poemas são bastantes belos meu caro, não tenho nenhuma dúvida que vc é um poeta de mão cheia =]

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    1. Obrigado D. Everson pela bondade da apreciação.
      Bom fim de semana.
      Abraço.

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  3. Bela poesia que se inspira na própria origem da vida.
    Um abraço

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    1. É verdade minha amiga.
      Bom Sábado, bom fim de semana.
      Abraço.

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  4. A sua poesia é de uma beleza que ultrapassa as palavras...

    "A river doesn't need to know its source; the source doesn't need to know what rivers it feeds - all that matters is that it does so."
    Serve the People, Yan Lianke

    Veja o Cores & Palavras.
    Kandandu

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    1. Obrigado Caro amigo Namibiano..
      Já vi o Cores & Palavras. Uma vez mais obrigado.
      Aquele recorte de jornal no Ondjira Sul trouxe-me à memória os acontecimentos trágicos em Angola, do chamado golpe Nito Alves, e que reclamaram imensas vidas. Talvez já fosse tempo para que uma espécie de Comissão de Verdade apurasse os factos, não para os julgar, mas para permitir que os vivos possam conviver com a memória.
      Abraço

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